Eu monto planos, como um cavaleiro monta cavalo
O buraco é mais embaixo, eu te obrigarei a cavá-lo
Eu afiei meu verso pra cravá-lo em seu crânio
Urino nos que enriquecem, eu quero enriquecer urânio
Deixa... que eu explodo tudo, "pódeixa"
Sou calculista, eu vivo num mundo de faz de conta
A metereologia diz que o tempo vai fechar
Mas o meu delivery jamais vai entregar as ponta
Eu só vou manter meu foco até que a luminária quebre
Quer morrer incinerado? É só tu vir testar minha febre
"Isso daqui é rap, você não faz jus, otaku"
Agora cê tá na sinuca, e olha quem conduz o taco
Aí, presta atenção pra não ter sua fatia mordiscada
Geral fala besteira, e os cotovelo diz cada...
Onde quero eu subo, sem fazer ninguém de escada
Atravessa, eu te derrubo, igual conexão discada
Sai da frente é o avalanche eu quero ver o sky valente
Filma nóiz, roubamo a cena, o fotógrafo esquiva a lente
Platão chapa e passa mal, nessa pedra filosofal
Nosso som bate pesado, e cê não troca equivalente
Na artilharia tipo Black, cachorreira como Sirius
Faço do rap um virus com meu verso patológico
Bem distante do náufrago, quem são esses que mal "frago"
Bate de frente now, frango... vai virar pato, lógico
Patético, seu código de honra: ser bozo
Sou ético, resisto o sistema, nervoso
Poético, transmuto todos os maus elementos
Profético, educo Spawn com meus mandamentos
Uns dirão que sou crápula, por fazer minha cúpula
Ser mais lenda que Drácula, mitando aqui e acolá
Marcando como mácula, vegete igual rúcula
Pois sem querer disputa, a probabilidade é tu pular
Não vim me intitular, nem estipular parâmetro
Ando com a vida nos trilhos, mas se precisar paro o metrô
Alquimista retrô, faço até risco no couro
Vim fazer cd pirata virar num disco de ouro
Sai da frente é o avalanche eu quero ver o sky valente
Filma nóiz, roubamo a cena, o fotógrafo esquiva a lente
Platão chapa e passa mal, nessa pedra filosofal
Nosso som bate pesado, e cê não troca equivalente
Meu verso é pesadão, beat pesadão
O teu é lesadão, verso magro que toma Coscarque
Não disfarça não, paga de humildão
Cês rouba a cena então... haha, já ganhei o Cinemark
Embarque nessa viagem, quer um duelo marque
Sua derrota vai ser tão clássica quanto um bêbado perder a Monark
Largue na frente e corra, te alcanço e ainda ultrapasso
Seus 10 anos de correria eu deixo pra trás num passo
Verso eu traço, e faço no maço de almaço, amasso
O espaço é escasso, improviso sem embaraço e arregaço
Cabaço que não transforma sua merda em rap
Nem sendo alquimista, desista, da vida de artista
Sai da pista, enquanto eu risco teu nome da lista,
Meu Dj risca, no beat, tira teu som do repeat,
Bota o nosso e permite, que eu te irrite
E zoe com a tua cara, e com caras que se acham o cara
Com suas roupas caras, e suas duas caras,
Na capa da Caras, minha ideia é clara
O verso não para e dispara aqui...
E se girar o disco ao contrário cê ouve Deus fazendo um free.