Em meio as meias verdades, só uma é absoluta
Minha mente ainda computa teorias obsoletas
Letras com ideias malucas, tô em comunhão com meus trutas
Nas minhas internas lutas, deixa que eu resolvo as tretas
Vejo que a coisa tá preta, o saldo tá em vermelho
Não posso amarelar, vô atrás de um cascalho
Se nada vai vir de graça, eu vendo alguns conselhos
Podem todos ser macacos, mas eu não quebro o galho
Trabalho e não fico rico, não vou passar nenhum mico
Já matei o leão dourado que quis ser o caçador
Já cansei de passar dor, passado, já não me irrito
Não me omito, sou um mito, não grito mas sou terror
Que soterrou os vacilos e superou os limite
Fazendo da vida um show, sem precisar de convite
É free, dispensa beat, minha crença não é na acapella
Deus ajuda quem madruga, mas me livra dos ramela
Essa eu cantarei, pra quem já derramei
Lagrimas de alegria em solo
Sobre o nascer do sol, a cidade exala
O cheiro de rotina em solo
O menino corre, pois sabe que viver
Faz parte do protocolo
Mesmo tendo perdido, amores e amigos
No fim, tudo volta ao solo
Viro vilão, com um violão, leis eu violo
Preciso disso igual uma criança precisa de colo
Sempre me isolo, ninguém percebe, mas
Sou meu pior inimigo, e no x1 eu não me solo
Eu me controlo... eu tento, risonho...
Mostrando, meus dentes, a trégua proponho
Trampar até sentir meus braços dormentes
Me permite por as mãos no meu sonho
Eu sei que o tempo irá, socar minha têmpora
Quer rima? Tem pura... não é uma Brastemp? Atura
Temperatura alta, é um alimento, é um tempura
A carne é fraca memo, eu tô aqui pra temperar
Sei que não tem que esperar, que o destino te conduza
O sentimento de conquista, não há Google que traduza
Hoje em dia procurar, motivos pra que eu me queixe
Me parece útil como aulas de natação pra um peixe
A quem já derramei
Lagrimas de alegria em solo
Sobre o nascer do sol, a cidade exala
O cheiro de rotina em solo
O menino corre, pois sabe que viver
Faz parte do protocolo
Mesmo tendo perdido, amores e amigos
No fim, tudo volta ao solo